sexta-feira, 28 de maio de 2010

Andam por aí moscas chatas!




"Vida própria" (ou falta dela!)



"Quem tem, não cuida da vida dos outros. Mas hoje em dia é complicado, as pessoas têm cada vez menos vida própria. Por imposição da sociedade, que cobra beleza e sucesso para retribuir felicidade, modelos fictícios de perfeição que vivem inesquecíveis aventuras moldam o desejo de vida de muitos idiotas. Muita gente quer ser Harry Potter, Helena da novela, insecto do Kafka,(...), todos têm em comum a estupidez de viver mais da ficção alheia do que da própria realidade. Mas estes são quase inofensivos dado que a ficção já está feita e qualquer perturbação na sua ordem só vai causar mudanças de mentirinha. Chatas são as pessoas sem vida própria que vivem cuidando da vida dos outros de verdade, essas quase conseguem estragar o bom humor de uma linda terça ensolarada… E por tolice, maldade e/ou falta do que viver fazem do próprio tempo a maior perda de tempo, enquanto cuidam dos outros esquecem-se de cuidar de si mesmas. Pessoas descuidadas, coitadas… Deve ser terrivelmente triste não sentir-se nem um pouco feliz com a própria vida ao ponto de desperdiçá-la com a vida alheia."

                                                                                                         Lia Drumond, É só um blog

Tens toda a razão, Lia!
Como uma amiga minha costuma dizer: "Devia dar-lhes uma trombosezinha na língua!" Ora nem mais!


quarta-feira, 26 de maio de 2010

Falsidade!


"Sustento como um facto que se todos os homens soubessem o que os outros dizem deles, não haveria mais do que quatro amigos no mundo."
Pascal

"Os nossos amigos são o inimigo."
Pierre-Jean de Béranger

"Aquele que é amigo de toda a gente, não é amigo de ninguém."

Aristóteles

"A amizade é incompatível com a adulação, a lisonja, e a baixa complacência."
Cícero, 106-43 a. C., ., filósofo e político romano, Da amizade

"Como o amor, a amizade funda-se no respeito e acaba com a manobra."

G. Berger, 1896-1960, filósofo francês, Atti del XII Congresso di filosofia, Venezia, 1958.

"Não têm alma de amigos, mas apenas o seu nome, aqueles cuja amizade não resiste à desgraça da nossa sorte."

Eurípedes, 480-406 a. C., poeta grego, Oreste


"O infortúnio mostra aqueles que são realmente nossos amigos."

Aristóteles, 384-322 a.C., filósofo grego, Ética a Nicómaco



"No fim, recordarás não as palavras dos teus inimigos, mas o silêncio dos teus amigos."

Atribuído a Martin Luther King, Jr., 1929-1968



"Quando os nossos negócios prosperam, os nossos amigos são verdadeiros, e a nossa felicidade está segura."

Ambrose Bierce, 1842-1914, escritor americano, The Cynic’s Word Book














segunda-feira, 24 de maio de 2010

A minha macaquinha fez hoje cinco meses! Como o tempo voa....
Beijocas

sexta-feira, 21 de maio de 2010

quarta-feira, 19 de maio de 2010


Ando com uma imensa vontade de explodir! Gritar até ficar sem voz! Berrar até que todos se tenham calado! O motivo? Muito simples: Quanto mais me agarram, mais me apetece fugir!

terça-feira, 18 de maio de 2010




"Não faças planos para a vida porque podes estragar os planos q a vida tem para ti."   Fernanda Freitas

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Efémero


"Mas há alguém sobre quem escrevi e que amo muito: Pessoa, esse grande poeta português, que era um fanático de Hamlet e de Shakespeare. Encontra-se nele uma melancolia minimalista: é a melancolia da gota de água que cai, indefinidamente, e que olhamos a cair. É a melancolia do intervalo, diferente da melancolia baudelairiana, mas também uma melancolia poética. É esta melancolia que impele Pessoa a escrever em várias línguas e a ter várias identidades. Reencontra-se assim o problema da pluralidade do Ego, mas na sua versão melancólica - sendo que o mais melancólico é Bernardo Soares, com o seu desassossego do ser. Lembro-me de ter descoberto Pessoa na sua língua: estava sentada junto ao Tejo e sonhava com o seu drama de alma, o seu amor pelas coisas de nada, o verso em que ele encontra Shakespeare ao dizer que não é ninguém, apenas uma sombra. Nesse sentido, é preciso 'acreditar no mundo como num malmequer' (Alberto Caeiro)... Dito de outra maneira, a melancolia é mais o desassossego do que o spleen: e este desassossego conduz a uma estética do artifício e da indiferença. Ser o amante visual de todas as coisas...
Shakespeare, Baudelaire, Benjamin, Pessoa: há toda uma filiação melancólica que realmente me fascinou e que caracteriza a modernidade ocidental. Esta travessia de mais de vinte anos foi-me necessária para chegar ao além da melancolia, graças a uma confrontação com as culturas da Ásia. Na estética pós-melancólica, o efémero é afirmado como positivo e inultrapassável. Ele é, ao mesmo tempo, intervalo ligeiro, aceitação da passagem e da precariedade e, sobretudo, da instabilidade ontológica da nossa finitude. Klee dizia: 'O devir é a nossa única eternidade.'"
Num livro-diálogo com François Soulage ("Une femme philosophe"), a que pertence esta passagem sobre Pessoa e a sua melancolia, Christine Buci-Glucksmann fala da sua filosofia e da sua vida. Ao longo de muitos anos, esta filósofa, antiga professora de Estética e de Arte Contemporânea da Universidade de Paris, tem escrito sobre alguns dos temas mais actuais da nossa cultura. Indo e vindo do cinema à literatura, da arte à tecnologia, da arquitectura à política, Christine pensou a razão barroca, a estética do efémero, a filosofia do ornamento (pondo em confronto o "Ornamento e Crime" de Alfred Loos e a afirmação de Henri Matisse de que "toda a arte é decorativa"), a passagem de uma cultura dos objectos e das permanências a uma cultura das 'imagens-fluxos'. E diz a este propósito "Verdadeiro signo da sociedade, o efémero tornou-se uma nova modalidade do tempo na época do virtual e da mundialização. Efémero das famílias de geometria variável, efémero do trabalho cada vez mais ameaçado, efémero das vidas e das identidades que perdem as suas referências fixas, tudo revela uma espécie de aceleração do tempo, que desenraíza as estabilidades, ocultando sempre o limite extremo do efémero: a morte."
Neste livro-síntese do seu pensamento, Christine fala daqueles que a vigiam e que ela vigia - Heraclito, Platão, Aristóteles, Shakespeare, Vermeer, Caravaggio, Mozart, Nietzsche, Marx, Pessoa, Freud, Klee, Benjamin, Hannah Arendt, Conrad, Borges, Foucault, Deleuze, Barthes, Derrida - e de muitos artistas contemporâneos. Fala das outras civilizações, sobretudo da japonesa. Fala de novos olhares e de novos alvos para eles. Lembra que, para Arendt, a política não é uma lógica de dominação, nem uma estratégia de poder, mas a construção de um espaço plural de comunicação de vozes e de sensibilidades.
Esta é uma filosofia que salta sobre os nossos velhos dualismos (o ser e o nada, a alma e o corpo, o consciente e o inconsciente, o tempo e a eternidade) e que assume o efémero, a imanência, o intervalo, a passagem, a impermanência, a instabilidade, a fluidez, a mudança, a metamorfose, a troca, a articulação, a bifurcação, a duplicação, a pluralidade, a multiplicidade, o movimento, a vaga, a heterogeneidade, a energia. Fazendo sua a tão bela síntese ética de Deleuze: "Estar à altura do que acontece" ("Être à la hauteur de ce qui arrive"), Christine diz: "Da sofística dos gregos, que valorizaram o momento oportuno (o kairos), à ocasião barroca ou à impermanência das culturas da Ásia, esta arte da passagem define uma filosofia e uma sabedoria da existência exposta à fragilidade, porque o efémero é sempre, para lá do trágico, promessa de leveza, de transparência e desse materialismo aéreo de que gostava Bachelard."
Só assim é possível darmos à melancolia o seu além.

                       José Manuel dos Santos, in Expresso, 23 de Junho de 2009.









terça-feira, 11 de maio de 2010

«Não viva para que a sua presença seja notada,

mas para que a sua falta seja sentida...> - Bob Marley

domingo, 2 de maio de 2010

Feliz dia da MÃE! :)


Toda a Mulher é Mãe!



Primeiro, da boneca;


Mais tarde, do irmãozito.


Casada, é mãe do marido


Antes de o ser dos filhos.


Sem filhos, será mãe adoptiva;


Entregará a alguém os benefícios do seu amor:


Aos sobrinhos, aos filhos alheios, aos alunos, uma causa justa. (Autor Desconhecido)
Feliz dia da MÃE! Beijocas :)