Como sabem chegou ao meu momento de partir. Não foi uma decisão voluntária, mas sim imposta. Imposta pela minha falta de estabilidade profissional e pela vontade de através desta conseguir a tão desejada estabilidade pessoal.
Como as noites têm sido de solidão e de insónia, antecipando uma longa maratona para acabar tudo o que ainda tenho que fazer na escola, e o colocar em caixotes tudo o que me pertence, tenho-me sentido invadida por uma quebra súbita de energia, que me tem impedido de fazer o que ainda tenho para fazer. Porquê? Porque podemos encher caixotes com coisas, mas não de pessoas, lugares, sentimentos, redordações, ou seja, não podemos levar connosco as raizes que nos prendem aos lugares onde está o nosso coração.
Como sei que o mundo dá tantas voltas e nem sempre aquilo que queremos se realiza, tenho trabalhado no sentido de que seja um "até breve", mas só o tempo o poderá dizer. Afinal, quando somos colocados à prova, todos os que se encontram à nossa volta também o são e nesta luta contra o tempo, nem sempre saímos vitoriosos...
Um obrigado do fundo do coração a todos os que me acarinharam e ajudaram nesta minha longa passagem por cá. Serão sempre relembrados com muito carinho.