terça-feira, 28 de janeiro de 2014

“Está tudo na mesma; sempre tudo na mesma; o vazio; apenas esta porcaria deste vazio; 
nada; 
só o vazio; só o meu vazio; eu e o meu vazio; 
eu e o vazio de só eu;
não sabia que a minha mãe também podia morrer.”
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"In Sexus Veritas", de Pedro Chagas Freitas




                                                  (Foto: fernandamurieli.tumblr.com)

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

domingo, 12 de janeiro de 2014


Hoje, como se fosse possível ler a mente dos nossos amigos, duas amigas minhas publicaram no Facebook ideias muito válidas sobre palavras e a forma como as usamos. Não vou divulgar o nome de quem as partilhou, porque são pessoas que fazem parte da minha vida privada.

"As palavras, como os seres vivos, nascem de vocábulos anteriores, desenvolvem-se e fatalmente morrem. As mais afortunadas reproduzem-se. Há-as de índole agreste, cuja simples presença fere e degrada, e outras que de tão amoráveis tudo à sua volta suavizam. Estas iluminam, aquelas confundem. Umas são selvagens, irascíveis, cheiram mal dos pés, fungam e cospem no chão. Outras, logo ao lado, parecem altivas e delicadas orquídeas." Milagrário Pessoal, José Eduardo Agualusa






      O melhor será sempre utilizarmos palavras "altivas e delicadas como orquídeas".

 Por vezes, em momentos de raiva e de profunda mágoa, não vemos a realidade com a clareza necessária para distinguirmos o certo do errado, o que nos é permitido, daquilo a que não temos direito de opinar. Nestas ocasiões, devemos (como um grande amigo meu me ensinou e com toda a razão) contar até cinco mil e remetermo-nos ao silêncio....Afinal, ninguém quer viver numa "casa" suja e na ausência de amor-próprio.

sábado, 11 de janeiro de 2014


Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua.
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Cecília Meireles




                                                (Foto: iabuf.com)