quarta-feira, 30 de maio de 2012

Profundo!

Perdi meus fantásticos castelos



Como névoa... distante que se esfuma...


Quis vencer, quis lutar, quis defendê-los:


Quebrei as minhas lanças uma a uma!

 


Perdi minhas galeras entre os gelos


Que se afundaram sobre um mar de bruma...


- Tantos escolhos! Quem podia vê-los? –


Deitei-me ao mar e não salvei nenhuma!






Perdi a minha taça, o meu anel,


A minha cota de aço, o meu corcel,


Perdi meu elmo de ouro e pedrarias...






Sobem-me aos lábios súplicas estranhas...


Sobre o meu coração pesam montanhas...


Olho assombrada as minhas mãos vazias...






Florbela Espanca

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